segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

I WANNA CHEW MY BUBBLE GUM WITH YOU

AND I WANNA WALK YOU HOME FROM SCHOOL

AND I WANNA CARRY YOUR BOOKS TO EVERY CLASS

GIRL, DON'T YOU KNOW IT'S TRUE HOW MUCH I LOVE YOU

I WANNA SING IT CROSS THE LAND

OH, WON'T YOU HOLD MY HAND?

EU NÃO TE PROMETI NADA

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

socialismo para principiantes, por ari almeida

Socialismo(1) para principiantes (2)
Carlo(3) tinha um porco. Adão(4) tinha uma porca. Um dia os dois combinaram que o porco de Carlo iria transar com a porca de Adão (5). Assim ocorreu. Quando os filhotes nasceram, Carlo quis dividir a ninhada meio a meio (6). No entanto, Adão alegou que isso era errado. Como dono da porca, deveria ficar com mais filhotes. Afinal, argumentou, a fêmea tinha arriscado a saúde durante a gravidez. Também tinha gasto mais com a alimentação dela, que comia por vários para sustentar os filhotes na barriga. Tinha, além de tudo, sido obrigado a dispender o próprio tempo em atenções para ela, cuidá-la e também acompanhado o parto (7). Nada mais justo que fosse recompensado. Carlo deu porrada (8) em Adão, ficou com todos os filhotes e também com a porca. Disse que era para ele aprender a não querer bancar o esperto. Adão chorou por vários dias em um canto e depois escreveu uma teoria a respeito do episódio. Mas primeiro precisou comprar creme para as mãos (9).
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(1) Sendo aquilo se chama socialismo a mesma divisão praticada pelos fungos do leite, os elefantes desenhistas da areia e os pedantes franceses que fazem biquinho quando pronunciam Fontainebleau.
(2) Aquele que principia nem sempre será o primeiro a chegar, já dizia Gutentag, mestre de Dostoievski, também conhecido por um dia ter afirmado: "Fiodor, todo socialista é um filho da puta".
(3) Carlo era fazendeiro, bigodudo, gordo e vomitava sempre em cima dos próprios escritos, razão pela qual sua obra maior chamou-se O Livro Verde não por preocupação ecológica, mas porque todas as folhas estavam manchadas de bile.
(4) Adão, batizado como o primeiro homem, é a prova de que o tempo não ajuda ninguém a aprender as lições mais valiosas.
(5) Os porcos e as porcas às vezes gostam de fazer o mesmo acerto com relação a humanos, mas ninguém nunca testemunhou tais transações, pois, como se sabe, suínos são por demais discretos.
(6) "Meio a meio" tornou-se o mais célebre número do primeiro socialista sério, Harry Houdini, que acreditava que a única forma de comunismo válida deve ser praticada com uma serra bastante flexível e uma caixa de madeira para esconder o truque da platéia.
(7) Contabilizam-se dezoito modos diferentes de se induzir o parto no reino animal, sendo o mais estranho de todos o dos castores da Arábia, que roem a barriga da fêmea até encontrar a prole. Depois disso, a fêmea rói a barriga do macho, que, morto, serve de ninho e de alimento para a própria família.
(8) Não se pode deixar de lado o que Confúcio ensinou: "A porrada sempre é o melhor argumento".
(9) No que comprometeu a si e a todos que acreditavam nele, pois mãos macias jamais servirão numa boa luta de boxe.

domingo, 22 de julho de 2007

quando eu crescer, quero ser que nem ele

saí do bar e fui checar o quadro de avisos. o avião estava no horário. katherine estava no ar, a caminho dos meus braços. sentei e esperei. quase na minha frente tinha uma mulher muito bem tratada lendo um livro de bolso. a saia lhe chegava até o meio das coxas, deixando à mostra as pernas embrulhadas em nylon. por que ela insistia em fazer isso? eu fiquei espiando aquelas coxas por cima do meu jornal. belas coxas. quem será que andaria passando a mão naquelas coxas? me senti imbecil espiando aquela cena, mas não conseguia evitar. ela era bem feita. JÁ FOI GAROTINHA, E ALGUM DIA ESTARIA MORTA; MAS, AGORA, ESTAVA ME MOSTRANDO SUAS COXAS. sua galinha do caralho, eu lhe daria umas cem metidas, eu enfiaria na sua carne dezoito centímetros de vermelhão latejante! ela cruzou as pernas e seu vestido subiu ainda mais. espiou por cima do livro de bolso. seus olhos encontraram os meus, que a observavam por cima do jornal. sua expressão era de indiferença. procurou na bolsa um tablete de chiclete, tirou o papel, botou o chiclete na boca. um chiclete verde. ficou mastigando o chiclete verde, e eu fiquei olhando sua boca. ela não puxava a barra do vestido. sabia que eu estava olhando. eu não podia fazer nada. puxei minha carteira e tirei duas notas de cinqüenta dólares. ela levantou a vista, viu as notas, voltou a baixar a vista. daí, um gordo afofou-se do meu lado. tinha uma cara muito vermelha e um baita narigão. vestia um macacão, um macacão cáqui. o gordo peidou. a mulher puxou a barra do vestido e eu guardei nas notas na carteira. meu pau amoleceu; levantei para ir ao bebedouro.


sexta-feira, 29 de junho de 2007

mais cerveja

nem sempre eu e deus apostamos no mesmo cavalo